13 de maio de 2016 - 16h30
Urna eletrônica brasileira completa 20 anos a favor da democracia
Há
exatamente 20 anos, no dia 13 de maio de 1996, o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) iniciou o envio das urnas eletrônicas aos Tribunais
Regionais Eleitorais (TREs) para que eles pudessem conhecer o
equipamento, ainda inacabado, que seria utilizado nas eleições
municipais daquele ano. Com o objetivo de dar mais segurança, agilidade e
afastar a intervenção humana do processo eleitoral, a urna foi
concebida e, desde então, passa por constantes evoluções.
Até
se chegar ao modelo informatizado de votação, diversos outros foram
adotados, como equipamentos de madeira, urnas de metal e de lona. Essa
última é utilizada até hoje, quando a urna eletrônica existente na seção
eleitoral, incluindo a de substituição, apresenta algum defeito. O
primeiro Código Eleitoral de 1932 já previa em seu artigo 57 o “uso das
máquinas de votar”, regulado oportunamente pelo Tribunal Superior
(Eleitoral), assegurado o sigilo do voto.
O pontapé
inicial para a informatização das eleições no país foi dado com a
consolidação do cadastro único e automatizado de eleitores, que começou
em 1985 e foi finalizado em 1986. Durante alguns anos, diversos
protótipos de urnas eletrônicas foram apresentados pelos TREs. Em 1994, o
TSE realizou pela primeira vez o processamento eletrônico do resultado
das eleições gerais daquele ano, com recursos computacionais da própria
Justiça Eleitoral.
Entretanto, somente nas Eleições
Municipais de 1996 que os eleitores tiveram o primeiro contato com a
urna eletrônica. Na ocasião, mais de 32 milhões de brasileiros, um terço
do eleitorado da época, foram votar nas mais de 70 mil urnas
eletrônicas produzidas para aquelas eleições. Participaram 57 cidades
com mais de 200 mil eleitores, entre elas, 26 capitais.
Modelo brasileiro
A
urna eletrônica foi idealizada e criada para atender a realidade
nacional. “Nós não fomos ao mercado adquirir alguma solução para a
automatização do voto. Desenvolvemos internamente o projeto. Essa
solução tem o diferencial de servir exatamente para as nossas
necessidades e se encaixar exatamente na nossa realidade”, ressalta o
secretário de Tecnologia de Eleições do TSE, Giuseppe Janino.
O
modelo atual tem 15 cm de altura, 27 de profundidade, 42 cm de largura,
pesa 8 kg, vem conectado a um dispositivo de identificação biométrica
(leitor) que reconhece a identidade do eleitor e possui, ainda, mais de
90 sistemas eleitorais de segurança. O conjunto dessas barreiras garante
a segurança dos mecanismos de votação e apuração das eleições no
Brasil.
Essa garantia é reafirmada pelos Testes
Públicos de Segurança que, desde 2009, expõem as urnas, em ambiente
controlado, a qualquer cidadão que queira testar sua segurança. O
objetivo é contar com a contribuição da sociedade para aprimorar os
equipamentos.
“Sempre há evolução da urna, desde
processadores mais potentes até componentes eletrônicos que permitem
introduzir tecnologias de segurança mais adequadas. Certamente estaremos
bastante alinhados com o andamento da tecnologia e os benefícios que
ela traz, já que temos um compromisso de evolução”, afirma o secretário
de Tecnologia de Eleições.
Museu do voto
O
Museu do Voto do TSE reúne em seu acervo a coleção completa de urnas
eletrônicas, incluindo os modelos dos séculos XIX e XX, além de outros
objetos e documentos que marcam a história da Justiça Eleitoral
brasileira.
A mostra atual, organizada em parceria
com o Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado
(FAAP) e inaugurada em 6 de agosto de 2015, apresenta não só a
reinstalação da Justiça Eleitoral, como também o processo de
redemocratização pós-Estado Novo.
O Museu está
localizado no subsolo do TSE é composto por salas de exposição de longa e
curta duração, reserva técnica e espaço educativo. As visitas são
gratuitas e podem ser feitas de segunda a sexta-feira das 12h às 19h.
Visitas guiadas ocorrerão as segundas e quartas-feiras, das 13h às 17h, e
devem ser agendadas com antecedência pelo e-mail museu@tse.jus.br, ou pelos telefones (61) 3030-9285/9283.
Livreto da urna
A
trajetória da urna eletrônica, incluindo seu processo de funcionamento e
todas as partes que a compõem e a tornam a escolha mais segura,
sigilosa e precisa, está descrita em um livreto elaborado pela
Secretaria de Gestão da Informação do TSE.
O material
compilado em 30 páginas apresenta uma linguagem descontraída, direta e
informativa que, juntamente com ilustrações diversas, ajuda a conhecer e
reconhecer a urna como símbolo da democracia brasileira.
Afinal,
o equipamento é fruto da dedicação de profissionais altamente
capacitados, não apenas da Justiça Eleitoral, mas também de outros
órgãos do Governo, atentos aos aparatos de segurança em Tecnologia da
Informação.
Clique aqui e confira o conteúdo da publicação alusiva ao 20º aniversário da urna eletrônica brasileira.
JP/RC
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